Observemos uma árvore. Suas raízes estão fincadas no solo. Sustentam-na no ambiente em que se insere. São elas que captam os nutrientes imprescindíveis à conservação da sua vida. As raízes são o PASSADO ou como prefiro chamar, o "TER SIDO". "Ter sido" é a forma mais segura de viver, sendo o "altar" da nossa história.

O tronco, os ramos e as folhas estão em constante transformação. As folhas vêm e vão, nascendo e caindo na relva segundo o período estabelecido para as devidas mudanças. Tudo nesses componentes da árvore é transitório - a forma, a cor, o viço - mas também indispensável. Quando as folhas deixam os ramos para morrerem no chão, a chuva, o sol e a terra operam milagres com sua decomposição gerando o adubo enriquecido que ampliará os recursos do terreno e modificará as condições das raízes. O tronco, os ramos e as folhas são o presente em constante alteração, onde tudo é provisório, crescente e ao mesmo tempo sagrado. É preciso cuidado ao afirmarmos: "nunca poderei mudar o passado". Quem disse que não? O passado é construído pela história que escrevemos e pelo que nos tornamos a partir da história. Quando cometo um erro e o reparo, jamais o repetindo, não mudei a história do acontecimento, mas deixei de ser "aquele do passado". Sou nova criatura dona do mesmo passado porque andando com uma borracha corremos o risco de forçar o apagamento da memória e sem memória não existe "eu".

As flores e os frutos são o resultado de todo esse labor. Sua finalidade é constituída na beleza e no perfume das flores produzidas assim como na manutenção da vida orgânica pelos frutos que se convertem em alimento. Curiosamente, a árvore não aproveita as flores, tampouco come os frutos. Os viandantes passam, retiram-nos e a árvore continua silenciosa. Tempos depois, sem queixa, produz mais. As flores e os frutos são o futuro, as consequências da obra de co-criação com Deus. Daí dizermos que "o futuro a Deus pertence" assim como as flores e os frutos não pertencem à árvore. Trabalhamos para o mundo enquanto erguemos o nosso "arranha-céu" interior e naquilo de que somos furtados nasce a nossa luz.

Essa é a lei da Vida. Dizemos: "o passado já se foi". Não foi nem irá. O passado está mais "presente" do que nunca, desenhando-nos a maneira de ser e o presente está "com um pé" no amanhã, configurando-o com as nossas ações.



 

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